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quinta-feira, dezembro 01, 2016

População Evangélica 2016 por Estado Brasileiro


Por João Cruzué

Estimativa da população evangélica do Brasil, com base na projeção do IBGE para a população por estado da Federação em 30.11.16. A partir destes dados e da série histórica do IBGE do número de evangélicos desde 1890, apresento meu trabalho que, entre outras informações, mostra os estados mais e menos evangelizados do Brasil. É um trabalho de pesquisa e cálculos estatísticos simples, cujos números não possuem religião.



IMPORTANTE:

Caso queira utilizar os dados da minha pesquisa e trabalho, por favor solicite, primeiro, minha autorização. Endereço eletrônico: cruzue@gmail.com



sábado, janeiro 17, 2015

População Evangélica no Brasil chega a 25,25% em 2014


POR JOÃO CRUZUÉ


Cálculo atualizado em 16 de janeiro 2015.

TOMANDO POR BASE DADOS DO IBGE


De acordo com as séries históricas e a estimativa do IBGE para a população do Brasil em 2014, fizemos os cálculos da população evangélica para 31.12.2014.

Em 2010 a população evangélica do Brasil era de 22,16% e 42.275.437 crentes.  

Metodologia: Embora a média aritmética da taxa de crescimento anual de 1960 a 2010 seja de 5,75%, para a projeção de 2014, por conservadorismo, utilizamos na PROJEÇÃO a mesma taxa anual (4,91%) do último Censo IBGE 2001-2010. O Cálculo (1,0491^4) deu 21,13%.

Assim sendo, a população do Brasil estimada pelo IBGE em 31.12.2014 foi de 202.768.562 habitantes. Aplicando a projeção acumulada (21,13%)  a população evangélica, então, é 51.208.237 crentes, representando 25,25% ou pouco mais de 1/4 da população Brasileira.

Se, eventualmente, o crescimento da população evangélica se desse pela média aritmética das taxas anuais (5,75%) o cálculo, então, chegaria a 26,07% ou 52.870.036 de crentes. Por isso, podemos afirmar que ela esteja entre 51.208.237 e 52.870.036, ou seja em torno de 52 milhões de evangélicos.




 PESQUISAS DO  INSTITUTO DATAFOLHA

Os católicos, segundo o Datafolha,  representavam 75% da população brasileira em 1994.  Em 2007 eram 64%. No Censo IBGE de 2010 eram 62%. Em julho de 2013, época em que o Papa Francisco veio ao Brasil, uma pesquisa divulgada pelo  Datafolha revelava que a  população de católicos no brasil tinha caído para 57%. Analisando apenas a estatística dos números, podemos inferir que em 20 anos (1994-2014) a Igreja Católica deve perder cerca de 20 pontos percentuais, indicando uma queda de 26,67% no período.

Considerando que os dados do IBGE não são provenientes de contagens físicas de evangélicos, casa por casa, mas amostrados e projetados estatisticamente a nível estadual, podemos também compará-los com os de outro Instituto.  Segundo o Datafolha, em 1994 a porcentagem de evangélicos no Brasil era de 14% (10 + 4). Em 2007  era de 22% (17 + 5). E em julho de 2013, para 28% (19 + 9). Dessa forma, podemos observar que os dados do Datafolha são de 3 a 4 pontos porcentuais maiores que os números do IBGE.

Comparando:  No ano de 1994 os católicos eram 75% e  os evangélicos 14%. Em 2007 os católicos eram 64% e os evangélicos subiram para 22%. Em julho de 2013, os católicos eram 57% e os evangélicos (DATAFOLHA) 28%. Ou seja, pelo DATAFOLHA, em 18 anos,  enquanto o número de católicos caiu  24%, os evangélicos cresceram  100%.

Enquanto a Igreja Evangélica cresce por volta de 5% a cada ano, os católicos diminuem 1,2% no mesmo período. Em decorrência disso, e mantidas as mesmas taxas até 2025, católicos e evangélicos terão a mesma participação na população brasileira em termos de QUANTIDADE. Quanto à QUALIDADE do fiel tanto de uma igreja quanto de outra, aí são outros quinhentos, para uma abordagem qualitativa em outra matéria.

Uma das explicações para o firme crescimento no Brasil, pode ser constatada em qualquer cidade do Brasil: é a quantidade de denominações evangélicas que faz a diferença. Mais congregações traz mais evangelização e mais evangelização leva a mais salvação. E isto não se restringe apenas à evangelização pessoal ou coletiva, acontece a mesma coisa no rádio e na TV. Esta descentralização e aparente divisão do corpo de Cristo, na verdade, pode ser analisada de outro modo: o Reino de Deus cresce no plano espiritual. Parafraseando o apóstolo Paulo: uns pregam pelo Espírito, outros pelo dinheiro, outros pelo poder, por divisão, por "n" razões. Cada um receberá de Deus o seu salário, no entanto é a Palavra de Deus que salva. Neste ponto, quanto mais pessoas pregando e abrindo templos evangélicos, mais cresce nominalmente e espiritualmente o Reino de Deus. A descentralização e democratização dos evangélicos leva vantagem sobre a metodologia de evangelização da Igreja Católica. E este fenômeno não acontece apenas no Brasil, é possível dizer que ocorre com vigor em toda América Latina.

Considerações finais: Nossa pesquisa foi conservadora, baseada em dados de Institutos certificados. Não trabalhamos com chutômetro.Se você gostou, ou queira discutir algum ponto, por favor, escreva para mim: cruzue@gmail.com.

Para usar os dados de minha projeção, solicite a  autorização por e-mail.










segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Quantos evangélicos há Brasil em 2014


João Cruzué

DADOS COM BASE NO IBGE
De acordo com as séries históricas e a estimativa do IBGE para a população do Brasil em 2013, fizemos uma análise estatística dos aumentos por estado. A taxa média de crescimento de cada estado de 2011 a 2013, foi usada por nós na projeção da população brasileira para 2014. 

Em 2010 a população evangélica do Brasil era de 22,16% e 42.275.437 crentes.  

Metodologia: Embora a média aritmética da taxa de crescimento anual de 1960 a 2010 seja de 5,75% para a projeção de 2014, utilizamos a mesma taxa anual (4,91%) do último Censo IBGE 2001-2010 para os cálculos.

Assim sendo, a população do Brasil projetada para o final de 2014 será de 204.578.931 habitantes. A população evangélica atinge 25,03% e será de 51.210.103 crentes, representando 1/4 da população Brasileira.

Pop_Evangelicos photo Pop_2014.png


 PESQUISAS DO  INSTITUTO DATAFOLHA

Os católicos, segundo o Datafolha,  representavam 75% da população brasileira em 1994.  Em 2007 eram 64%. No Censo IBGE de 2010 eram 62%. Em julho de 2013, época em que o Papa Francisco veio ao Brasil, uma pesquisa divulgada pelo  Datafolha revelava que a  população de católicos no brasil tinha caído para 57%. Analisando apenas a estatística dos números, podemos inferir que em 20 anos (1994-2014) a Igreja Católica deve perder cerca de 20 pontos percentuais, indicando uma queda de 26,67% no período.

Considerando que os dados do IBGE não são provenientes de contagens físicas de evangélicos, casa por casa, mas amostrados e projetados estatisticamente a nível estadual, podemos também compará-los com os de outro Instituto.  Segundo o Datafolha, em 1994 a porcentagem de evangélicos no Brasil era de 14% (10 + 4). Em 2007  era de 22% (17 + 5). E em julho de 2013, para 28% (19 + 9). Dessa forma, podemos observar que os dados do Datafolha são de 3 a 4 pontos porcentuais maiores que os números do IBGE.

Comparando: Ano de 1994: os católicos eram 75% e evangélicos 14%. Em 2007: católicos 64% e evangélicos 22%. Em julho de 2013, os católicos eram 57% e os evangélicos, 28%. Ou seja, em 18 anos, enquanto o número de católicos cai  24%, os evangélicos crescem  100%.

Minha última análise dos dados do período de 18 anos medidos pelo Datafolha. Enquanto a Igreja Evangélica cresce 5% a cada ano, os católicos diminuem em 1,2% no mesmo período. Em decorrência disso, e mantidas as mesmas taxas até 2025, católicos e evangélicos terão a mesma participação na população brasileira em termos de QUANTIDADE. Quanto à QUALIDADE do fiel tanto de uma igreja quanto de outra, aí são outros quinhentos, para uma abordagem em outra matéria.

Considerações finais. Nossa pesquisa é conservadora, baseada em dados de Institutos certificados. Não trabalhamos com chutômetro. Se você gostou, ou queira discutir algum ponto, por favor, escreva para mim: cruzue@gmail.com









sábado, novembro 17, 2012

Nova política da Rede Globo para os Evangélicos

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João Cruzue

Foi uma boa surpresa. Eu tinha acabado de tomar café com minha esposa, hoje pela manhã, quando voltei à sala, depois de ter visto parte do programa do Pr. Josué Gonçalves na Rede TV.  Estava passando um desenho animado sobre a vida de Moisés. Cheguei bem na parte em que a voz de El Shadai, vindo de uma sarça ardente, ordenava que Moisés tirasse as sandálias dos pés.

E Deus começava a convencer Moisés a voltar ao Egito para libertar o povo de Israel. Inclusive, no desenho, Deus fazia Moisés ouvir os estalos dos chicotes e os gritos de dor dos açoitados. Imaginei que estivesse vendo um "desenhinho" na Rede do Bispo Macedo; talvez, no SBT...

Quando parei, e olhei o logotipo da rede naquele cantinho inferior direito, veio a surpresa: era o logo da Rede Globo. Então eu comecei a pensar algumas coisas.

Decididamente a direção das organizações Globo resolveu "agradar" os evangélicos. Ou, sendo mais pragmático, não continuar desprezando os crentes. Os motivos devem com certeza começar pelo aspecto financeiro, uma vez que a maioria dos Irmãos ascendeu ou pertence à classe média.

Minhas estimativas (conservadoras) dizem que os evangélicos serão 25% da população  brasileira até 2015. Sendo a maioria da classe média, em termos de poder aquisitivo devem representar uma grande fatia do mercado consumidor para os produtos populares que financiam as novelas brasileiras.

A Globo não se tornou evangélica,  apenas mudou sua política estratégica em relação aos crentes por causa do que está em seus bolsos.  O aumento do faturamento da Rede depende dos evangélicos. 

Por exemplo: quando uma empresa de cosméticos adquire a cota principal de custeio de uma novela, (L'Oreal) advinha quem vai ao supermercado e compra aquele shampoo, creme ou sabonete insistentemente divulgado nas vinhetas dos intervalos comerciais? São os "consumidores" de novelas - cada vez mais no gosto dos crentes. Eles são potenciais consumidores de produtos populares, produtos de massa. Marcas de celulares, cosméticos, Bancos de varejo, remédios para dores de cabeça... Muito provavelmente, estas marcas populares estejam penetrando com mais facilidade agora nos lares evangélicos, pela porta das novelas.

O fascínio repentino da Globo pela cultura (música)  e eventos (divulgação de marchas e cruzadas) evangélicos não outra coisa senão uma forma de atrair o bolso dos consumidores crentes. Antes, uma meia dúzia de gatos pingados, hoje 43 milhões e um terço da população brasileira em 2020.  Parafraseando o slogam da campanha de Bill Cliton na campanha à Casa Branca contra George Bush (pai) nas eleições de 1992: É o mercado, estupido!

Outra razão para a aproximação da família Marinho com os evangélicos é sua concorrência com a Rede Record. Se o Bispo Macedo optou por fazer benchmarking com as novelas da Globo, a família Marinho decidiu contratacar na área religiosa do Bispo. Daí, veio o desenho animado do Êxodus que vi  parte, hoje sábado 17.11.2012, pela manhã. Concorrência comercial.  Tenho certeza que é tempo não muito distante, veremos um programa evangélico mensal na Rede Globo. É mais que sabido nos tempos atuais que em matéria de música a cultura evangélica (principalmente assembleana) é um verdadeiro manancial de talentos.  Os melhores calouros do programa do Raul Gil são, principalmente, evangélicos.

Para fazer concorrência à RECORD, por outro lado, o público alvo precisa ter um potencial de renda substancial. A Globo descobriu recentemente que os evangélicos têm. E este potencial cresceu a uma taxa média real de 4,91% ao ano nos últimos 10 anos... Só para se ter uma ideia,  a taxa média de crescimento da população brasileira no mesmo período foi de 1,18%.

Mapa Evangelicos
Os dados das populações são do IBGE
Minhas perspectivas mostram o seguinte quadro para 2020: A taxa de crescimento da população brasileira entre 1991 e 2000 foi de 15,63%. Caiu no Censo 2010 para 12,47%. Considerando a possibilidade de que esta queda vá se manter,  em 2020 a população brasileira terá crescido 10,0% e seremos 210 milhões de habitantes. Dados extraídos dos Censos do IBGE do quadro acima.

Os evangélicos cresceram 98,53% no período 1991-2000 sendo 26,1 milhões de crentes. No período seguinte cresceram menos, voltando às taxas de crescimento habituais. Cresceram 61,45 em 10 anos, e no censo do IBGE 2010 eram 42,3 milhões. Minhas perspectivas apontam para uma população de 68 milhões de evangélicos em 2020, com a manutenção da mesma taxa de crescimento anual de 4,91%.  

Portanto, em 2020, a razão ESTIMADA entre a população evangélica de 68 milhões, e uma população brasileira de 210 milhões, estará em torno de 32,38%, ou seja, quase um terço da população brasileira será evangélica.

E, considerando que um terço do mercado consumidor brasileiro será constituído de evangélicos até 2020, não restou outra alternativa às Organizações Globo senão mudar sua antiga  política de DESPREZO e PRECONCEITO para  RESPEITO e "INTERESSE" à cultura dos crentes. Isto nada tem a ver, sejamos francos,  com os belos hinos cantados pela Ana Paula Valadão.






sexta-feira, setembro 09, 2011

População Evangélica do Brasil em 2011

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Tabela com a população evangélica por Estados

POP_EV 2011
Tabela com dados estatísticos

JOÃO CRUZUÉ

Publiquei no final de agosto a tabela acima com base em um estudo do economista Marcelo Neri da FGV, combinados com os dados do Censo 2010 do IBGE @Estados. Para uma população de 190,7 milhões, os estudos apontavam um percentual de evangélicos da ordem de 20,23%, ou seja, 38,6 milhões de crentes.

Para rever minhas publicações: 1) População Evangélica do Brasil 2009 ; 2) FGV - Os Evangélicos voltam a crescer e 3) Projeção Censo 2010 - em 05.04.2009

Como o IBGE ainda não disponibilizou os resultados da pesquisa de "Religiões" do Censo 2010; e mesmo que isto fizesse, tais números não seriam provenientes de uma contagem real, mas de uma estatística por amostragem.

Então, considerando que no mês de agosto de 2011 a população do Brasil alcançou 192 milhões de habitantes, estimo [com base em minhas pesquisas (FGV/IBGE), dentro de uma pequena margem de erro] que os evangélicos de todos os credos no Brasil, incluindo aqueles que não estão congregando, são por volta de 40,3 milhões de crentes ou 21%.

Estudos da própria FGV apontam que, depois de 2007, a Igreja Católica voltou a perder adeptos nas mesmas proporções da década de 90. Isso pode ser mesmo verdade, uma vez que Bento XVI já tem viagem agendada para o Brasil em 2012.

Somos 40 milhões de evangélicos. Isso é motivo para alegria? Não! Quantidade não significa que todos tenham um compromisso de fidelidade com o Senhor Jesus. Há muito o que fazer nas áreas de discipulado e evangelização.


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João Cruzué, é Editor do Blog Olhar Cristão e Gestor da Associação de Blogueiros Cristãos.


Nota: para copiar esta informação, mencione nossa autoria.






quarta-feira, agosto 24, 2011

Missões - Os Estados menos evangelizados do Brasil


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Missões Nacionais

Pesquisa de dados por João Cruzué/Blog Olhar Cristão

Mapa 1
Mapa Religioso Oficial do Brasil - Censo IBGE  2010

João Cruzué

Complementando a postagem anterior darei sequência às informações já obtidas dos dados coletados da publicação de 2011 do economista Marcelo Neri da CPS/FGV- Fundação Getúlio Vargas. Posteriormente, quando saíu em junho 2012  o Censo Religioso do IBGE, eu atualizei a tabela anterior. Estes dados revelam que os estados brasileiros com o menor percentual de evangélicos (estimativamente) são Piauí, com 9,7% e Sergipe, com 12,0% e o Ceará com 14,6%.

Em contrapartida, o Estado de Rondônia é o que possui o maior número de evangélicos: 35,0%, seguido do Acre, com 33,6% e do Espírito Santo com 33%. 

Outra informação interessante são os Estados que estão abaixo da média dos 22,1%, a começar por Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina...


Também como é de conhecimento geral, os agentes do IBGE não usaram um questionário padrão com um ítem específico para contagem de pessoas por religião. Aliás, isto sempre foi feito por amostragem estatística. 


Meu objetivo com esta síntese em forma de tabela é fornecer dados aceitáveis para eventuais planos de evangelização de Igrejas e Ministros, focados nas áreas menos evangelizadas. A pregação bíblica do Evangelho necessariamente leva Jesus (e não uma religião) aos que ainda não O aceitaram formalmente.

Em Cristo,

Irmão João Cruzué




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terça-feira, abril 07, 2009

Estimativa da população evangélica para o Censo do IBGE 2010


João Cruzué
O Blog Olhar Cristão elaborou a projeção tendo como base os números oficiais do Censo Demográfico do IBGE do ano 2000 e uma população evangélica em 2007 estimada pela FGV em 17,88%. Com base nessas informações estimou em 19% a população de evangélicos para 2010. Esta projeção atende ao princípio da razoabilidade e destoa de muitos dados ufanistas. Depois do Censo demográfico do IBGE de 2000, não existe nenhuma fonte com dados reais.

Project


Reuni os dados disponíveis das séries históricas do IBGE de 1872 a 2000, para construir uma tabela e com isso facilitar a consulta. Com base nela elaborei (em abril 2008) uma Projeção da população evangélica para o ano 2010, supondo que o Instituto fosse contar a população no Censo de 2010. Como isso não aconteceu e o questionário utilizado de amostragem (como sempre foi), fica difícil dizer qual é população brasileira classificada por religião, em termos absolutos.

SH


Análise.Em 1991, era de 9% a participação dos Evangélicos na população do Brasil. De 1991 a 2000 houve um grande crescimento e esta taxa subiu para 15,4%. Foi durante esta época que surgiu com força o evangelismo pela TV liderado pelo Bispo Macedo da Igreja Universal e o Missionário Romildo R. Soares da Igreja Internacional da Graça. Também foi nesta década que a Igreja Batista encantou uma geração de adolescentes e jovens com o aparecimento da excelente Banda mineira - Diante do Trono - liderada pela cantora Ana Paula Valadão.

De 1991 a 2007 o crescimento patinou. Segundo Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, em 2007 os evangélicos eram estimados em 17,88% da população brasileira. Isto foi motivo de comemoração pela Igreja Católica que ficou aliviada da perda constante de membros para o lado evangélico. Para o próximo censo demográfico de 2010, o Blog Olhar Cristão projetou um pequeno crescimento, situando em 19% a porcentagem de evangélicos. Sinceramente, esperamos que esta taxa seja maior, embora a realidade nos aponta para uma taxa sem brilho.

Ainda há tempo para refletir sobre o pouco crescimento de 2000 (15,4%) a 2007 (17,88%), caso queiram desconsiderar os 19% projetados por nós para o censo do IBGE de 2010. Por que o freio de mão está puxado?

Vamos apresentar algumas causas, sem pretensão de ser donos da verdade. Uma delas é a excessiva esposição da mensagem "dinheiro" através da TV e do rádio. É um "pede-pede" que assusta. Isto leva a uma interpretação de ganância e avareza. A outra é a quantidade elevada de novas Igrejas que se funda todo dia. Todos querem ser pastores. Por que será? Mas não é isso que é preponderante sobre a queda brusca na taxa de crescimento.

Pessoalmente, creio que hoje não se ganha mais almas apenas com um Evangelho de palavras. Evangelho é poder de Deus, e o poder de Deus são palavras confirmadas por sinais e maravilhas. Em uma geração que praticamente abandonou e desprezou a presença do Espírito Santo de Deus, não me admira que estejamos trabalhando pouco e colhendo mais pouco, ainda.

As grandes Igrejas Evangélicas não têm mais projetos e a visão acabou-se. Estão contentes com o tamanho dos próprios rebanhos. Hoje, talvez não esteja equivocado se disser que um projeto político gere mais paixão do que um projeto evangelístico. Billy Graham, um estrangeiro, no ocaso de seus 90 anos, mostrou às lideranças da Igreja Brasileira o caminho de um grande projeto. Ele veio, foi-se, e tudo voltou ao dantes. Morno.

Há um grande equívoco na maneira política das grandes Igrejas Evangélicas brasileiras. Não é um projeto político que vai levar a Igreja Evangélica a se dar bem no Brasil. É melhor um projeto evangelístico de grande envergadura. Se a Igreja desenvolver e se apaixonar por um grande projeto, vai voltar a crescer com mais ímpeto. É melhor ter 50% da população brasileira crente em cristo, do que ter 100 deputados na Câmara Federal. É muito simples: dos 50%, sem nenhum projeto político, sairão muito mais que 100 deputados - além do principal: que é agradar ao Espírito Santo e ao Senhor Jesus. Já não se trata de tornar o Brasil evangélico, mas de levar as almas dos perdidos, dos pródigos, dos gays, das prostitutas, dos grandes traficantes de drogas - a CRISTO.

Observando as últimas taxas de crescimento da Igreja Evangélica brasileira, podemos fazer uma interpretação com base em uma analogia: O noivo está chegando, mas está faltando azeite nas lamparinas dos convidados. A ceia das bodas está preparada, mas cada um, à sua maneira, não está de fato interessado em ir na festa.

Isso precisa mudar.

João Cruzué/cruzue@gmail.com


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