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domingo, agosto 28, 2016

Igreja Evangélica: Projeto de Evangelização x Projeto Político


O Brasil para Jesus Cristo
JOÃO CRUZUÉ

Em termos estratégicos, o que é mais promissor para os Evangélicos: um projeto de representação política voltado para a defesa da fé e dos bons costumes cristãos ou um projeto de evangelização estimulado para cada congregação? Há um bom tempo tenho escrevido sobre isto e gostaria de dar minha opinião mais uma vez para marcar posição.

Em uma análise fria, os evangélicos cresceram muito no Brasil dos anos 90 para cá utilizando com sucesso um projeto centrado em veículos de comunicação em massa. A comunicação mostrava que pessoas cheias de problemas eram libertas e alcançavam prosperidade através do Evangelho, se bem que arrastando a brasa para o nome da denominação.

Por outro lado, o apelo excessivo em cima do dinheiro tornou algumas denominações detestáveis aos olhos dos não cristãos, que costuma ver as coisas com mais clareza, pois não estão sujeitos, todo dia, a processos de lavagem cerebral.

O Evangelho é um coisa boa? É excelente! Ele é, e sempre será, as Boas Novas de Deus para a humanidade. Jesus Cristo salva, perdoa, levanta, abre portas fechadas, reconcilia com Deus, transforma qualquer pecador é uma pessoa-benção para a sociedade, prospera, cura, expulsa demônios, alegra o coração, ressuscita mortos, recupera das drogas, batiza com o Espírito,  etc.

Tenho visto no noticiário atuais análises políticas que mostram uma vantagem dos candidatos evangélicos nas eleições para cargos representativos, dado a uma melhor comunicação dentro de suas Igrejas. Espera-se, dizem os especialistas, que 30% das casas legislativas estarão ocupadas por líderes evangélicos, sejam pastores ou artistas. Ao meu ver, nada de mais, uma vez que proporcionalmente, o número de evangélicos neste país já passa está na casa dos mesmos 30%. Esta conquista, ao meu ver, não vai ser alcançada por um projeto político, mas por um esforço de evangelização em curso.

As lideranças das grandes denominações erram em pensar que ao separaram pastores de filhos de pastores presidentes para uma candidatura política estarão resolvendo o problema do avanço da secularização e apodrecimento da sociedade. Isto, na verdade, é o avanço da secularização dentro da Igreja, tendo como protagonista a própria liderança da Igreja. O carro na frente dos bois.

E como deveria ser?

A liderança da Igreja, segundo está no primeiros capítulos do livro de Atos dos Apóstolos, deve se ocupar  em criar e LIDERAR um projeto de evangelização vigoroso, para que as congregações dobrem de tamanho a cada três a cinco anos. As Igrejas, depois de grandes, se tornam especialistas em burocracia e ao mesmo tempo tira o foco da prática do Evangelho.

Se a membresia da Igreja dobrar de tamanho a cada cinco anos, em não menos que 30 anos a população cristã do Brasil será maciçamente evangélica. E sendo assim, a defesa dos princípios da fé cristã não se dará no âmbito político, mas em cada família brasileira. É falta de sabedoria, por exemplo, votar uma lei que determina a colocação de uma Bíblia em uma repartição pública, se a sociedade for de maioria secular.

Prefiro uma sociedade cristã a um parlamento majoritariamente religioso. As experiências do passado mostram que o fundamentalismo religioso enraizado no poder é nefasto e perigoso. O equilíbrio e o respeito é o melhor caminho. Se a sociedade for majoritariamente cristã, não haverá parlamento que lhe seja surdo, por puro bom senso.

Assim, já passa da hora de abrir os olhos para ver. Estrategicamente, é muito melhor e mais barato desenvolver e colocar em funcionamento um projeto de evangelização que envolva toda congregação, cada membro da Igreja, de forma racional e sábia, do que eleger um político cristão com o propósito de mudar uma sociedade de hábitos e costumes seculares. 



cruzue@gmail.com


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domingo, março 27, 2016

Igreja Evangélica, Política e Lava Jato

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Dilma, antes da delação do Grupo Odebrecht
Por: João Cruzué
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O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Sr. Eduardo Paes, criticou, em conversa recente com o ex-presidente Lula, os agentes da Polícia Federal e os Procuradores do Ministério Público que atuam em Curitiba na Operação Lava Jato. Quando Lula disse que "... esses meninos da Polícia Federal e esses meninos do Ministério Público, eles se sentem enviados por Deus, o Prefeito complementou: "É, mas eles são todos crentes. Os caras do Ministério Público são crentes,né?" Dentro deste contexto, gostaria de deixar algumas considerações e minha opinião sobre o desenrolar dos próximos acontecimentos. Não se trata de profecia ou julgamentos, mas do simples uso da minha intuição de crente em Jesus.

Tenho para mim que, quando o  ex-presidente Lula disse: "Estes meninos se sentem enviados por Deus", ele  estava desdenhando da religião do Procurador Deltan Dallagnol, que frequenta a  que frequenta a Igreja Batista do Bacacheri [bairro que conheço pessoalmente], em Curitiba. O pai do Procurador também era do Ministério Público. Ele e a Polícia Federal estavam e estão determinados a por na cadeia um bando de empreiteiros e políticos que vêm dilapidando os recursos públicos do país em benefício próprio.

Também tenho para mim também que, quando o prefeito do Rio comentou tal frase, ele pontuou que  "Eles são todos crentes, os caras do Ministério Público são crentes", também estava desdenhando dos crentes, com indiretas ao Procurador Deltan Dallagnol.

O ex-presidente quando generalizou: "..Esses meninos... E o prefeito também generalizou quando disse: "Eles são todos crentes" revelaram o velho preconceito contra os evangélicos. É público e notório o que o ex-presidente Lula pensa a respeito dos Pastores Evangélicos, notadamente quanto a colocar a culpa no diabo por todas as coisas ruins que acontece na vida dos fiéis e também sobre o recebimento dos dízimos. Quando ele precisa destes pastores, ele os mima; quando não precisa, os coloca no mesmo saco de farinha do seu partido, por causa do mal testemunho de alguns deles.

De 2002 até 2009, boa parte das lideranças evangélicas se "enamoraram" com o canto da sereia do ex-presidente Lula, porque estavam cansados da política velha, ostensivamente, desprezadora de crentes, e arriscaram a sorte no "novo". E como o "novo" ganhou, trazendo um discurso de proteção aos mais necessitados do país, não foi possível com nitidez o que estava no fundo da caixa d'água: politicas pró-abortistas, ativismo gay, lei da palmada, projeto 122 - a mordaça gay, casamento gay, discurso difamatório de desconstrução da Igreja Evangélica, rótulo de ladrões aos Pastores, projetos de retirada de imunidade tributária das Igrejas, um sufoco tremendo.

De 2002 a 2015, sem dúvida, foi o período que a Igreja Evangélica no Brasil mais sofreu com o processo de secularização, devido a sua intromissão sem limites na representação política. O sagrado se uniu ao profano e sofreu um dano irreparável. Consciências foram compradas e Igrejas foram "vendidas". Basta uma pesquisa criteriosa nos bancos de dados digitais nos anos de eleição, para que tudo que está dito seja comprovado. Nunca tivemos tanta representação evangélica no Congresso, e paradoxalmente, em nenhum outro período as ideologias ateias e comunistas avançaram tanto sobre a família brasileira. O PL 122 foi como um boi de piranha. Enquanto as atenções ficaram focadas nele, passaram o casamento gay, a mudança de interpretação do conceito de família no STF, e mais coisas.

Da mesma forma que o ex-presidente Lula e o prefeito Paes disseram, também é necessário que a Igreja Evangélica de hoje, copie o testemunho fundamentalista dos "meninos da Polícia Federal e dos meninos do Ministério Público" ligados à Operação Lava Jato. Mais fundamentalismo bíblico e menos projetos políticos. O princípio da não aceitação do jugo desigual foi quebrado por muitos líderes evangélicos, mas o ESPÍRITO SANTO DO SENHOR JEOVÁ não o revogou. O fundamentalismo evangélico esfriou. Não me canso de escrever, que hoje há mais ação e arregimentação de jovens nas periferias das grandes cidades por organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, do que crentes pregando o Evangelho. A Igreja elitizou-se, abandonou as favelas, e Missões deixou de ser prioridade, para ser apenas um artigo de presunção e propaganda.

A ganância religiosa está tão desavergonhada, que fiquei pasmo ao ouvir um dos mais novos líderes evangélicos, no canal RGI, dizendo mais ou menso isso: Preciso de um x número de pessoas que deem uma oferta de R$ 2.000,00. Se você não tem, pega um empréstimo consignado e traga o dinheiro para a "Igreja".  Não foi outros que me disseram, eu ouvi, pessoalmente. Nos últimos 30 anos, uma boa parte do se diz Igreja Evangélica apodreceu muito depressa, a ponto de isto me assustar. E onde isto começou? Bom, em algum lugar de 1990 para cá, alguém trocou o Espírito Santo por fama, TV e dinheiro. Mais ou menos as mesmas coisas que Jesus Cristo recusou do diabo na tentação.

E quanto ao momento político atual, é preciso muita oração e atenção com os gastos familiares. Estamos a poucos dias da colaboração premiada do ex-presidente do Grupo Odebrecht, Sr. Marcelo Odebrecht. Quando ele abrir a boca, provavelmente, vai ligar o dinheiro sujo da corrupção com a campanha política de 2014 da atual Senhora Presidente. Assim que isto acontecer, o TSE vai abrir um processo para cassar a chapa Dilma-Temer. A lista da Odebrecht pode sujar a campanha de centenas de políticos, inclusive, evangélicos.

Depois da cassação da chapa, novas eleições vão ser marcadas ainda para este ano. Neste cenário político novos personagens políticos devem aparecer. Temos que orar muito, para que não aconteça aqui o que aconteceu na Venezuela. O povo estava tão cansado de corrupção que elegeu um militar para Presidente. Esse Militar era Hugo Chaves, o que estava ruim, ficou ainda pior.

Não creio que tenhamos impeachment, pois é provável que o TSE casse  a chapa Dilma-Temer por usar dinheiro sujo na campanha de 2014. Por outro lado, devemos orar muito mais para que não aconteça aqui uma venezuelização do país. Se o cenário fugir do previsível, as coisa piorarem e houver confronto nas ruas, a Economia vai piorar, a inflação vai subir, o desemprego vai aumentar, e só Jesus para ter misericórdia.

Diante disso, oração apenas não basta. Também é preciso muito jejum, para que Jesus tenha misericórdia de nosso país, e dos crentes que foram levados por alguns pastores e bispos a votarem em um jararaca que foi acolhida e ajudada dentro da Igreja Católica*



*Tese de doutorado: [OLIVEIRA - UFRRJ, 2010 - fl.8 , PDF pg 45]

* Livro "Como uma Família COMEFORD, J. C. - Introdução pg. 15]















sábado, janeiro 17, 2015

População Evangélica no Brasil chega a 25,25% em 2014


POR JOÃO CRUZUÉ


Cálculo atualizado em 16 de janeiro 2015.

TOMANDO POR BASE DADOS DO IBGE


De acordo com as séries históricas e a estimativa do IBGE para a população do Brasil em 2014, fizemos os cálculos da população evangélica para 31.12.2014.

Em 2010 a população evangélica do Brasil era de 22,16% e 42.275.437 crentes.  

Metodologia: Embora a média aritmética da taxa de crescimento anual de 1960 a 2010 seja de 5,75%, para a projeção de 2014, por conservadorismo, utilizamos na PROJEÇÃO a mesma taxa anual (4,91%) do último Censo IBGE 2001-2010. O Cálculo (1,0491^4) deu 21,13%.

Assim sendo, a população do Brasil estimada pelo IBGE em 31.12.2014 foi de 202.768.562 habitantes. Aplicando a projeção acumulada (21,13%)  a população evangélica, então, é 51.208.237 crentes, representando 25,25% ou pouco mais de 1/4 da população Brasileira.

Se, eventualmente, o crescimento da população evangélica se desse pela média aritmética das taxas anuais (5,75%) o cálculo, então, chegaria a 26,07% ou 52.870.036 de crentes. Por isso, podemos afirmar que ela esteja entre 51.208.237 e 52.870.036, ou seja em torno de 52 milhões de evangélicos.




 PESQUISAS DO  INSTITUTO DATAFOLHA

Os católicos, segundo o Datafolha,  representavam 75% da população brasileira em 1994.  Em 2007 eram 64%. No Censo IBGE de 2010 eram 62%. Em julho de 2013, época em que o Papa Francisco veio ao Brasil, uma pesquisa divulgada pelo  Datafolha revelava que a  população de católicos no brasil tinha caído para 57%. Analisando apenas a estatística dos números, podemos inferir que em 20 anos (1994-2014) a Igreja Católica deve perder cerca de 20 pontos percentuais, indicando uma queda de 26,67% no período.

Considerando que os dados do IBGE não são provenientes de contagens físicas de evangélicos, casa por casa, mas amostrados e projetados estatisticamente a nível estadual, podemos também compará-los com os de outro Instituto.  Segundo o Datafolha, em 1994 a porcentagem de evangélicos no Brasil era de 14% (10 + 4). Em 2007  era de 22% (17 + 5). E em julho de 2013, para 28% (19 + 9). Dessa forma, podemos observar que os dados do Datafolha são de 3 a 4 pontos porcentuais maiores que os números do IBGE.

Comparando:  No ano de 1994 os católicos eram 75% e  os evangélicos 14%. Em 2007 os católicos eram 64% e os evangélicos subiram para 22%. Em julho de 2013, os católicos eram 57% e os evangélicos (DATAFOLHA) 28%. Ou seja, pelo DATAFOLHA, em 18 anos,  enquanto o número de católicos caiu  24%, os evangélicos cresceram  100%.

Enquanto a Igreja Evangélica cresce por volta de 5% a cada ano, os católicos diminuem 1,2% no mesmo período. Em decorrência disso, e mantidas as mesmas taxas até 2025, católicos e evangélicos terão a mesma participação na população brasileira em termos de QUANTIDADE. Quanto à QUALIDADE do fiel tanto de uma igreja quanto de outra, aí são outros quinhentos, para uma abordagem qualitativa em outra matéria.

Uma das explicações para o firme crescimento no Brasil, pode ser constatada em qualquer cidade do Brasil: é a quantidade de denominações evangélicas que faz a diferença. Mais congregações traz mais evangelização e mais evangelização leva a mais salvação. E isto não se restringe apenas à evangelização pessoal ou coletiva, acontece a mesma coisa no rádio e na TV. Esta descentralização e aparente divisão do corpo de Cristo, na verdade, pode ser analisada de outro modo: o Reino de Deus cresce no plano espiritual. Parafraseando o apóstolo Paulo: uns pregam pelo Espírito, outros pelo dinheiro, outros pelo poder, por divisão, por "n" razões. Cada um receberá de Deus o seu salário, no entanto é a Palavra de Deus que salva. Neste ponto, quanto mais pessoas pregando e abrindo templos evangélicos, mais cresce nominalmente e espiritualmente o Reino de Deus. A descentralização e democratização dos evangélicos leva vantagem sobre a metodologia de evangelização da Igreja Católica. E este fenômeno não acontece apenas no Brasil, é possível dizer que ocorre com vigor em toda América Latina.

Considerações finais: Nossa pesquisa foi conservadora, baseada em dados de Institutos certificados. Não trabalhamos com chutômetro.Se você gostou, ou queira discutir algum ponto, por favor, escreva para mim: cruzue@gmail.com.

Para usar os dados de minha projeção, solicite a  autorização por e-mail.










domingo, maio 27, 2012

A credibilidade social da Igreja Evangélica

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Igreja-bar na Irlanda
João Cruzué

O Bispo sul africano Desmond Tutu disse: "A liberdade  e os direitos individuais à liberdade podem ser perdidos por desinteresse, porque pessoas de bem geralmente não são vigilantes".  Quero aproveitar esta tarde de domingo ensolarado para refletir um pouco sobre o preço da liberdade. Liberdade de expressão. Liberdade religiosa. Liberdade de escolhas. Liberdade de locomoção. Liberdade de opinião. Liberdades.

A liberdade é um dom de Deus e a falta de vigilância fez suas primeira vítimas já no Éden.  Uma mente maligna e astuta concebeu e executou seu plano sobre duas pessoas despercebidas e confiantes. Confiantes demais.

Desatentas e confiantes. Um bom exemplo disso também foi o dia  11 de setembro de 2001. A grande águia americana estava dormitando em seu ninho no alto das duas Torres do World Trade Center, quando uma minúscula "pedra" derrubou seu ninho.

Assim também estão se comportando os maiores líderes religiosos brasileiros. A Suécia e o Canada, dois grandes celeiros de missionários que incendiaram o mundo no século passado, perderam a  liberdade absoluta de pregar o Evangelho em seus quintais. 

Há uns três anos, a maior associação de Igrejas suecas discutiam a mudança de liturgia para agregar (coagidas pela lei) a celebração do casamento gay. E neste ano, quem passa pelo mesmo problema é a grande Igreja Presbiteriana do Canadá (70% dos evangélicos canadenses). 

Perderam, sim, o direito a liberdade de pregar integralmente a Bíblia por dois motivos principais: Acharam que isto nunca iria acontecer porque eram grandes demais e deixaram de ser veementes no combate ao pecado - a relativização da verdade. O que antes era pecado passou a ser visto como "meio-pecado"

O Brasil segue, infelizmente, no mesmo caminho. Meia dúzia de atistas gays está  prestes a fazer com as grandes denominações brasileiras o mesmo que meia dúzia de pilotos da Al-Quaeda fizeram com nos Estados Unidos. Se não fosse a determinação do Pr. Silas Malafaia, isto já teria acontecido.

A situação é extremamente grave. Ninguém mais deu a cara para bater.

O que está em jogo é algo  extremamente essencial: A liberdade de pregar todos os versículos da Bíblia sem praticar ilegalidades. 

Os tempos são ruins. A leitura que faço do comportamento dos líderes das maiores denominações evangélicas é negativa. Pela falta  de posicionamento  oficial perante a sociedade e a membresia, entendo que  o direito absoluto à liberdade religiosa para eles é coisa secundária. O principal seria então, o quê?


O Bispo  católico, Desmond Tutu, assim como Madre Teresa de Calcutá, se posicionou corretamente e não deixou de abrir a boca contra uma ditadura racial que carregava todo domingo a Bíblia debaixo do braço.

 Se Deus permitiu que a cidade de Jerusalém fosse destruída e o Templo queimado por Nabucodonozor; se Deus permitiu que a Igreja Sueca - mãe das Assembleias de Deus Brasileira, hoje tenha que aceitar a cunha de um casamento gay em seus templos; se a Igreja presbiteriana canadense hoje tenha que aceitar o cabresto de uma lei de homofobia, então  posso concluir que, do jeito que as coisas estão, o desinteresse e a falta de posicionamento PÚBLICO por parte de grandes líderes evangélicos brasileiros vão culminar com uma grande derrota: A proscrição da Bíblia sob o argumento de ser um livro homofóbico. 

Se esta liberdade for perdida, será mais pela indiferença da Igreja diante das necessidades  sociais do que pelo peso de ativistas gays. A sociedade não perdoa quem não tem credibilidade.


Livre para cópia e republicação.





sábado, abril 14, 2012

O Pl 122 e a imunidade tributária da Igreja evangélica


João Cruzué

Há cinco anos venho escrevendo sobre as consequências da aprovação de uma Lei da "homofobia" no Brasil. Durante este tempo, venho me deparando com sofismas e verdades e a extensão do prejuízo do Pl 122/06 sobre a liberdade de evangelização da Igreja,  é bem mais profunda do que você e eu imaginamos.

Antes que o ex-ministro Fernando Haddad decidisse distribuir o kit gay para os adolescentes de todas as escolas do Brasil, o Blog Olhar Cristão já alertava sobre o que tinha acontecido no Chile cujo "Ministério da Educação" fez exatamente isso e eu publiquei em 2009  a tradução da carta, indignada e esclarecedora  do Pastor Hector Muñoz Uribe , de Concepción/Chile.

Também já escrevi sobre a decisão do conselho de Igrejas da Suécia, berço da Assembleia de Deus Brasileira, ajustando a liturgia evangélica de lá para as celebrações do casamento homossexual.

Hoje, venho fazer um alerta muito maior.  

A potencial perda de imunidade  tributária da Igreja brasileira (evangélica ou católica) perante a Receita Federal. Insanidade minha? Não! Depois que a lei de "homofobia" foi promulgada no Canadá, se a Igreja local for denunciada por qualquer ato "homofobico" (pregar a verdade bíblica sobre o comportamento homossexual, deixar de realizar cerimônia religiosa de "matrimônio" gay) ela está ameaçada de perder a imunidade tributária por "discriminação", perante a CRA - Canadian Revenue Agency, a receita federal canadense. Diante disso, algumas Igrejas daquele país estão levando em consideração ficar sem a imunidade em lugar de falsear a verdade bíblica.

Dedico esta denúncia aos líderes evangélicos brasileiros que, de forma recorrente, têm ficado "quietinhos" enquanto as hostes espirituais da maldade estão organizando seus exércitos para desmoralizar a palavra de Deus escrita na  Bíblia Sagrada. Na verdade não estamos lutando apenas contra as ideias de ativistas do gayzismo, pois eles são apenas a ponta do iceberg neste mundo temporal. O momento de tomar posição é agora, antes que o sagrado se torne sal velho.

Posso descrever hoje  o comportamento das  lideranças indiferentes da Igreja evangélica brasileira, como a do comandante do poderoso Titanic, navegando presunçosamente em rota de colisão contra um insignificante "Pl.122" achando que estão seguros em um barco que  Deus não deixará afundar.

A Igreja (Presbiteriana) do Canadá já está fazendo água. Para não perder a imunidade do Imposto de Renda, mudou sua liturgia para "engolir" o casamento gay e baniu o livro de Romanos do púlpito. 


Nota: Aos céticos, recomendo fazer uma simples pesquisa (em inglês) nos sites de busca, para tomar conhecimento  desta triste verdade.


Reportagem original de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão



domingo, janeiro 15, 2012

Para onde vai a Igreja Evangélica no Brasil

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Fonte: Google
João Cruzué

Este é um tema muito difícil de abordar e considerando que alguém tem que dizer alguma coisa, neste início de 2012, a ocasião é oportuna e o tempo apropriado. São quatro, hoje, ao meu ver, os maiores protagonistas individuais do crescimento da Igreja Evangélica no Brasil: Apóstolo Valdemiro Santiago, Pastor Silas Malafaia, Missionário Romildo R. Soares e Bispo Macedo. Respectivamente os líderes das Igrejas: Mundial do Poder de Deus, Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Internacional da Graça de Deus e Igreja Universal do Reino de Deus. Estas Igrejas, sob estas lideranças, praticam uma evangelização agressiva.

Nos anos 90s, a população evangélica dobrou, e creio que isto pode ser creditado a forte entrada da Igreja Universal na TV aberta, pregando um Evangelho de libertação. Junto com o Bispo Macedo estava, em segundo plano, o Missionário R. R. Soares, na liderança da Igreja Internacional da Graça de Deus.

Na primeira década do século 21, aquele crescimento vigoroso empacou. A Igreja Católica começava a apoiar sua corrente Carismática, na tentativa de matar dois coelhos com uma só cajadada: Defenestrar o estrago feito pela Teologia da Libertação e estancar a perda de fiéis para as Igrejas Evangélicas. Isto funcionou bem até 2005, dali por diante, estudos do Economista Marcelo Neri da FGV, apontavam que a taxa de crescimento dos evangélicos voltou ao mesmo patamar dos anos 90s.

A Igreja Universal neste período (2001 - 2010) trocou a mensagem do Evangelho de libertação pelo foco na prosperidade. Saíram de cena as entrevistas com demônios, substituídas pela pregação de um evangelho antropocêntrico. Deus a serviço do homem. O meio para se conseguir um fim. A isso adveio coisa pior: O uso da Rede Record, comprada indiretamente com dinheiro de dízimos e Ofertas, para disseminar novelas perniciosas, filmes mundanos e jogo político.

Mas, no final
da década passada, o apóstolo Valdemiro Santiago começou a se destacar no cenário da Igreja brasileira, pregando um Evangelho de curas e milagres, levando para a Televisão o ministério que o Pastor David Miranda deixou só no rádio. Contratanto maciçamente espaços nas TVs abertas, o pastor Santiago conquistou aquilo que a Igreja Deus é Amor não teve visão para mudar. E se deu muito bem, inaugurando no dia 1º de janeiro deste ano o megatemplo "Cidade Mundial", na Av. Monteiro Lobato, no município de Guarulhos. Com direito a realizar três cultos para 150 mil pessoas cada, deixando um engasgo de 20 km no trânsito da Rodovia Presidente Dutra e as autoridades da Polícia Rodoviária Federal e do Aeroporto Internacional de Guarulhos TIRIRICA da vida. E Ficou mal na história a Polícia Militar de São Paulo que estimou a presença de fiéis no local em apenas "50 mil" pessoas.

A competição pelos espaços na TV aberta pelas quatro Igrejas, se já era bem acirrada, agora está mais acirrada. E as redes de TV, espertas, estão dobrando seu faturamento inflacinando o custo de compra destes espaços. O cálculo do custo-benefício é muito simples: Maior tempo na TV, maior pregação do Evangelho e maior arrecadação. Maior arrecadação: mais templos, mais cruzadas, mais investimentos em treinamento de pastores mais jovens, mais missões no exterior. Verdadeiras multinacionais.

Para onde vai a Igreja Evangélica Brasileira?

Espero que não vá para o brejo. Como aconteceu nos anos 80s com a Igreja Evangélica dos Estados Unidos, onde os escândalos de prostituição e as briguinhas e ciumeiras entre Jim Baker [¹]e Jimmy Swaggart (& companhia) [²] detonaram a credibilidade da Assembleia de Deus por lá com escândalos de prostituição e estelionato. Os afluentes que desembocaram este esgoto todo vieram de uma situação de extrema vaidade: Cada ministério se dizia ter o "monopólio" do Espírito Santo. E esta loucura foi dar no maior pântano de descrédito que já se viu por lá. Será que isto vai se repetir no Brasil?

Eu oro para que isto não aconteça, mas a julgar pela competição por espaços na TV aberta (meio) para evangelizar e arrecadar fundos, à medida que outros Valdemiros forem se destacando e juntando aos quatro que lá estão, pode ser que uma onda de pedradas em telhados de vidro venha produzir uma reação em cadeia que infelizmente pode respingar lama em quem for hipócrita. Guerra de vaidades. E se isto acontecer, a pregação do Evangelho vai ser escandalizada e sua santidade, o Papa Bento XVI, vai mandar um cartão de agradecimentos para cada um. Ele que vem no Brasil este ano, para tentar estancar o êxodo nas fileiras católicas.

Antes de terminar, vou parafrasear um versículo bíblico: Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma, além de jogar a família inteira no inferno?

Menos vaidade e mais juízo. É isso que precisa ser dito agora, para que não se repitam aqui os mesmos escândalos, acontecidos no passado em terras americanas. Se isso for levado em conta, em 20 anos os evangélicos serão a maioria neste país.