terça-feira, julho 05, 2016

Desejo ou Curiosidade Por Atos Homossexuais: Como Lidar Com Isso?

Jonas M. Olímpio
http://ebvirtual.blogspot.com.br/

O homossexualismo é uma prisão
maligna que não provém da mente e
nem do corpo, mas do espírito; por
isso tem que ser combatido
espiritualmente.
    Antes de começar, para não ser taxado de homofóbico, quero explicar o significado do termo homofobia. Para isso precisamos também entender o significado da palavra homossexual[1] que é uma junção de homo + sexual, sendo homo um prefixo de origem grega da palavra homos que significa “igual” ou “mesmo” sexual é de origem do latim medieval sexualis e do latim clássico sexus significando “sexo”: sendo assim, por se tratar de um comportamento sexual, homossexual significa “aquele que gosta do mesmo sexo”. Com relação à homofobia, sabemos que fobia é um termo grego que expressa “medo” ou “aversão” - nojo, ódio - contra algo ou alguém. Dessa maneira, podemos definir que pessoas homofóbicas são aquelas que sentem medo, repugnância ou ódio dos homossexuais. Então, em relação aos cristãos - entenda-se como cristãos aqueles que realmente seguem o Evangelho -, se não tememos, repudiamos e nem odiamos os homossexuais, então, automaticamente, não somos homofóbicos; pois, na verdade, a única coisa que reprovamos é a atitude deles, ou seja: o pecado (Ap 2:20-23[2]). Entendendo que não somos contra as pessoas que sofrem desse mal, mas sim que queremos e devemos ajuda-las, façamos então uma análise sobre as consequências que ele tem causado principalmente entre os adolescentes e os jovens que se envolvem afetivamente com pessoas do mesmo sexo e qual é a postura divina em relação a isso.
    Com exceção da existência dos eunucos[3]situação essa que nada tem haver com homossexualismo, mas com a assexualidade[4] -, e dos hermafroditos[5], biológica ou psicologicamente não há uma conclusão definida em relação ao desvio do comportamento sexual, pois mesmo os pesquisadores mais aprofundados no assunto divergem suas opiniões não conseguindo deixar claro se isso é uma doença física ou um distúrbio mental; socialmente, muitos tentam explica-lo como uma escolha pessoal, ou seja: uma simples questão de comportamento. Porém, tais argumentos são questionáveis, pois se não há provas de que haja nessas pessoas alguma diferença genética[6] ou cerebral, da mesma forma não há como comprovar que uma pessoa saudável física e mentalmente opte voluntariamente por algo tão sem sentido quanto desejar se relacionar sexualmente com alguém do mesmo sexo. Sendo assim, qual é então a explicação para isso? Deixando a razão humana de lado, sabemos que a resposta é de origem espiritual, pois trata-se de uma ação maligna que altera a mente de heterossexuais[7] a tal ponto de mudar seu comportamento e, em muitos casos, transformar até seu corpo. Mas qual é a intenção de Satanás em fazer isso? Como a Bíblia nos ensina, ele veio para matar, roubar e destruir (Jo 10:11), e o seu principal alvo é o ser humano porque este foi criado tendo também a missão de louvar a Deus (Sl 150:6; Jo 4:23,24) - missão que antes pertencia a ele (Ez 28:13[8]) - , exercer autoridade contra as forças das trevas (Lc 10:17-19) e, se for obediente, tendo o direito de ser salvo (Lc 10:20) - outro direito que Satanás já perdeu (Is 14:12-14; Ap 20:10[9] [10]) -; motivos suficientes para sentir muita inveja e querer que o ser humano perca também e, para isso, luta de várias formas (1ª Pe 5:8,9), sendo uma delas o homossexualismo por saber que essa prática desagrada muitíssimo a Deus (Lv 18:22; 20:13; Rm 1:26,27[11] [12]; 1ª Tm 1:9,10[13] [14] [15] [16]).
    É importante também lembrar que nem todos os homossexuais são assumidos, pervertidos, anticristãos ou pelo menos aparentam sua homossexualidade, pois muitos, por vergonha ou por medo, preferem manter-se ocultos e outros, por essas mesmas razões, até enfrentam e resistem a esses desejos não mantendo relações homoafetivas. Isso é normal principalmente entre adolescentes e jovens cujas famílias são rígidas e, certamente, reagiriam com repreensão e não com apoio à prática ou com ajuda para que possam deixa-la. Esconder o homossexualismo parece ser uma solução, mas isso nada mais é do que omitir um problema. O melhor mesmo é procurar conversar com os pais ou irmãos mais velhos ou, se achar que não vai encontrar compreensão e ser discriminado dentro do próprio lar, deve-se então procurar alguém de confiança - de preferência o pastor de sua igreja, o líder do grupo de jovens, um professor de Escola Dominical ou um irmão que demonstre ter a mente aberta e habilidade para lidar com isso - que tenha maturidade o suficiente para orientá-lo oferecendo-lhe ajuda tanto moral quanto espiritual. Ao mesmo tempo, deve-se estar preparado para iniciar uma verdadeira batalha espiritual em busca da libertação: orações constantes, consagração, jejum, votos, busca do conhecimento da Palavra, envolvimento na Obra e desvio das coisas ou pessoas que possam induzí-lo a essa prática (Sl 1:1,2; Pr 13:20; Sl 64:2-6[17]; 1ª Co 15:33,34). Qualquer esforço é válido na tentativa de fazer o que é certo e, obviamente, Deus não desprezará os “sacrifícios” de quem está lutando para ser fiel e fazer a vontade dEle.
    É necessário deixar claro também que, embora não deva tolerar o pecado, o papel da Igreja é acolher o pecador. Pastores ou líderes que detectem a existência de pessoas nessas condições têm a obrigação de trata-las com amor orientando-as sobre as razões pelas quais elas devem abandonar essa prática e ajudando-as a vencer esse mal. Não são duras repreensões e a exclusão ministerial que vão contribuir para a libertação, essa seria apenas uma forma de os obreiros que foram chamados para apascentar livrarem-se de sua responsabilidade sobre as almas que estão confiadas pelo próprio Deus aos seus cuidados (1ª Pe 5:2-4). É óbvio que esse acolhimento não significa dizer “fique como está” e permitir a essa pessoa liderar trabalhos ou participar ativamente de serviços que são destinados à pessoas que tenham plena comunhão com o Senhor zelando pela sua santidade; porém, ela deve ser mantida ali como um membro do Corpo de Cristo que apesar de estar ferido ainda faz parte dele e precisa ser cuidado (Fp 2:4; Hb 12:12,13). Quanto à família, principalmente aos pais, é preciso que saibam que por mais que seja amarga a decepção de ter um filho homossexual, reagir com raiva e demonstrar vergonha não vai resolver o problema. O que se deve fazer é lhe mostrar que mesmo não aprovando suas atitudes, o amor por ele continua igual e que, ainda que não aceitando sua prática, não o tratarão como um criminoso que deve ser punido, mas como alguém que, querendo ou não, precisa e vai receber ajuda para ter uma vida normal, a qual é exigida por Deus para que se alcance a salvação (Hb 12:14-16). A partir daí, é necessário haver compreensão, muita intercessão, incentivo pela busca de uma vida espiritual e acompanhamento dentro dos padrões cristãos, evitando assim, por exemplo, consultas a psicólogos não-crentes que geralmente aconselham a pessoa a fazer o que lhe parecer agradável para ser feliz desde que isso aparente não prejudicar a ninguém e nem a ela própria; tal filosofia demoníaca também é pregada em muitas religiões que se denominam como inclusivas, mas na verdade só estão mesmo é incluindo mais almas ao inferno.
    Geralmente é na adolescência que os desejos e curiosidades pelo sexo começam a se despertar no corpo humano, como também, quando é o caso, os interesses homossexuais. Ao perceber isso, o garoto ou a garota não deve se desesperar por ser diferente e muito menos se entregar a essas vontades, mas apenas tentar identificar se isso é mesmo um desejo ou somente uma simples curiosidade que logo passa. A princípio, é importante que procure pesquisar informações sobre o assunto, principalmente em fontes cristãs, mas evitando falar sobre isso com professores seculares e amigos não-crentes, para que não corra o risco de ser influenciado negativamente por eles. Depois disso, caso comprove que exista mesmo dentro de si essa atração por pessoas do mesmo sexo, cabe a ele a busca por ajuda para se orientar tanto moral quanto espiritualmente (Hb 12:6-8), tendo plena consciência de que na sua vida, tanto o seu corpo quanto a sua alma e o seu espírito devem ser administrados de uma forma que venha a agradar a Deus (1ª Ts 5:23,24), o qual o criou para formar um lar deixando uma descendência (Gn 1:27,28ª; Mt 19:4,5) e não simplesmente satisfazer seus desejos carnais (Rm 6:12-14). E é preciso considerar ainda que, apesar de poder se arrepender e alcançar a salvação, mesmo que abandone o homossexualismo, suas consequências poderão marca-lo por toda a vida como, por exemplo, doenças sexualmente transmissíveis, traumas psicológicos, incompreensão de pessoas que não acreditem em sua mudança e, no caso de haver sido feita alguma mudança física, uma difícil recuperação; então, é necessário pensar muito nos problemas gerados pela interferência na criação natural de Deus e jamais aceitar essa agressão a si próprio como algo normal, pois o preço a ser cobrado é muito alto (Rm 6:23).




[1]Homossexual: Referente à homossexualidade. É o relacionamento sexual entre indivíduos do mesmo sexo. Homossexuais normalmente se relacionam também com pessoas do sexo oposto, nesses casos, são chamados de bissexuais. Popularmente, homens que se relacionam entre si são chamados de "gays", e as mulheres são chamadas de "lésbicas."
[2]Jezabel: Filha do rei dos Sidónios Etbaal; seu casamento com Acabe foi o resultado de uma aliança que tinha como objectivo fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. A sua história é conhecida através do Primeiro Livro de Reis do Antigo Testamento. Continuou a adorar os deuses fenícios, mas não se limitou a isso, pois combateu o Deus de Israel. Recorreu ao dinheiro do tesouro público para sustentar os 450 profetas (ou sacerdotes) do deus Baal e os 400 profetas da deusa Achera (deusa fenícia da fertilidade). Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram. Quando Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que teve fugir para Judá. Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração): Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha. Por causa desta rainha o nome "Jezabel" encontra-se associado como exemplo ou figura de prostituição e idolatria, assim como é citada em Apocalipse 2:20.
[3]Eunuco: Homem castrado que servia de guarda das mulheres do seu dono (Et 2:3). Eram também chamados de eunucos alguns altos funcionários de confiança dos reis, quer esses funcionários fossem castrados ou não (At 8:27). Tradicionalmente, no Oriente é um guardião de mulheres, principalmente nos haréns. Muitos já nascem com problemas congênitos - um mal desenvolvimento dos testículos - proporcionando baixa ou nenhuma potência sexual impossibilitando uma vida conjugal normal e a geração de filhos. Os que nascem nessa condição podem ser considerados transexuais, porém, isso nada tem a ver com homossexualismo ou opção sexual.
[4]Assexualidade: Estado de assexual; ausência de interesse sexual.
[5]Hermafrodito: Diz-se do ser (pessoa, animal ou planta) que reúne em si os caracteres e os órgãos, ou somente os órgãos, dos dois sexos (nasce com pênis e vagina); andrógino. Aquele que possui organismo bissexual. Não se trata de homossexualismo, pois não é uma opção sexual, e sim de uma anomalia de nascença. Na mitologia era um deus grego, filho de Afrodite e de Hermes. Este representa a fusão dos dois sexos e não tem gênero definido. Teria nascido um menino extremamente bonito, que se transformou posteriormente num ser andrógino por haver se unido à ninfa Salmacis. Foi a partir deste mito que se batizou os conceitos de hermafrodita e hermafroditismo.
[6]Genética: A ciência dos genes (cada uma das partículas cromossômicas).Ramo da Biologia que trata da hereditariedade. Ela se ocupa das diferenças entre os seres vivos, das suas causas e dos mecanismos e leis da transmissão dos caracteres individuais.
[7]Heterossexual: Pessoa que sente atração por pessoas do sexo oposto. Condição sexual normal para a qual o ser humano foi criado.
[8]Pífaro: Instrumento popular e pastoril, semelhante a uma flauta, mas sem chaves.
[9]Enxofre: Elemento amarelo inflamável com cheiro forte que existia em grande quantidade perto do mar Morto (Gn 19:24; Dt 29:23).
[10]Besta: Animal de quatro patas, de grande porte; animal de carga (Is 46:1). Biblicamente é linguagem figurada referente à uma criatura maligna que representa a força bruta, a imoralidade e a oposição a Deus (Is 30:6; Ap 13:1-18).
[11]Infame: Que tem má fama (Jó 30:8). Baixo; vergonhoso (Rm 1:26).
[12]Torpeza: Ato obsceno, vergonhoso (Rm 1:27).
[13]Obstinado: Que se obstina.  Firme, pertinaz, teimoso. Inflexível. Feito com insistência, com pertinácia.
[14]Parricida: Assassino do pai (1ª Tm 1:9).
[15]Matricida: Assassino da mãe (1ª Tm 1:9).
[16]Perjuro: O que jura falso. Mentiroso (1ª Tm 1:10).
[17]Inquirir: Indagar, perguntar. Questionar; mudar de ideia.

Jonas M. Olímpio

quarta-feira, junho 08, 2016

Ministério Infantil: Baixe recursos gratuitos


Amados irmãos, graça e paz! Ao longo do tempo temos elaborado alguns recursos, sempre gratuitos, voltados para crianças, a maioria dos quais objetivando despertar nelas a consciência e o ardor missionários. Abaixo apresentamos os materiais. 
Caso não consiga realizar o download do(s) recurso(s) desejado(s), solicite o envio por e-mail, escrevendo para sreachers@gmail.com

Crianças do Mundo para Cristo é uma publicação do blog Veredas Missionárias, e que objetiva servir de subsídio para pais e professores no esforço de ensinar e fomentar nas crianças o interesse e o amor por Missões.
A revistinha está no formato A5 (folha A4 dobrada ao meio), e possui 24 páginas, sendo 19 desenhos de crianças caracterizadas, e 3 páginas com frases de promoção missionária para colorir.
Você pode distribuir este material, tanto impresso como em formato pdf, mas é vedada a venda do mesmo ou qualquer outro uso comercial.
Desenhos das crianças: ©Circle-of-Friends (disponibilizado para uso não comercial).

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Labirintos Bíblicos - O Ministério Sunday School Resources, da Inglaterra, elaborou a revista 40 Labirintos Bíblicos para uso na Escola Dominical, que nós traduzimos para o português. Como o título diz, são quarenta passatempos do tipo labirinto, com graus variados de dificuldade, utilizando cada um deles temas bíblicos (com as soluções ao fim da revista). Um recurso simples mas muito bonito, a ser utilizado em apoio às atividades das escolas dominicais, e ainda por pais e responsáveis (no formato A4).

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Colorindo Missões é uma revistinha totalmente gratuita de atividades para crianças, que tem como objetivo ensiná-las, de forma bíblica e divertida, valores da obra missionária da igreja de Cristo.
Ao unir desenhos e atividades a alguns dos principais versículos missionários da Bíblia, nosso propósito é que as crianças possam desde já ir familiarizando-se com os mesmos, e associando-os à obra de alcançar todos os povos com o Evangelho, o que as ilustrações e atividades buscam transmitir.
     Como dissemos, este é um material gratuito, oferecido a partir do Brasil pelos blogs missionários Veredas Missionárias e Celeiro Missionário, em quatro línguas: português, inglês, espanhol e francês.  A revista possui 24 páginas e está disponibilizada em PDF, nos tamanhos A4 (210 x 297 mm) e A5 (148 x 210 mm). Você também pode copiar as imagens individualmente, no formato JPG. Para cópia das imagens individuais ou da revista em outroas línguas, acesse a página: http://colorindomissoes.blogspot.com.br/ . 
Para download da edição em português, veja abaixo os links.

Formato A4 (210 x 297 mm) em PDF
Para Baixar Pelo 4Shared, CLIQUE AQUI.
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Formato A5 (148 x 210 mm) em PDF
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Cartazes para Colorir - Uma série de 9 cartazes (formato A4), em preto e branco, para serem utilizados com crianças (Departamento Infantil, EBI, EBF, Culto Infantil etc.). 
São cartazes que podem ser coloridos pelas crianças, e cujo foco é incentivá-las a evangelizar e apoiar Missões. Há ainda um bonito cartaz para você marcar os aniversariantes do mês.
O arquivo está em formato PDF.

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Baixe os recursos gratuitos, repasse para outros irmãos e igrejas, divulgue em suas redes sociais. Vamos juntos servir à igreja!

quinta-feira, maio 19, 2016

AS CASAS EM QUE JESUS ESTEVE


Por Pr. Silas Figueira


Texto base: João 12.1,2

INTRODUÇÃO

Esse texto nos mostra Jesus em Sua última semana com os seus discípulos antes de ser levado à cruz. Ele estava na casa de Lázaro e de suas duas irmãs Marta e Maria, e ali lhe preparam uma ceia. A alegria estava estampada em todos os presentes, não só pela presença de Jesus, mas também por verem a Lázaro que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos. Muitas pessoas estavam ali não só por causa de Jesus, mas também por causa de Lázaro como o texto nos informa. Afinal de contas, Jesus havia operado um grande milagre naquela casa. No seio daquela família.

Jesus frequentava esta casa todas as vezes que se encontrava naquela região. Mas é interessante observar que Jesus não só entrou nesta casa, Ele esteve em muitas outras casas. E é sobre isso que eu quero pensar com você, sobre algumas casas em que Jesus esteve e o que Ele viu nelas e como agiu em cada uma delas. 

A PRIMEIRA CASA QUE EU QUERO VER COM VOCÊ É A CASA ONDE HAVIA UMA FESTA DE CASAMENTO (Jo 2.1-11)

Iniciando um casamento sem alegria

Jesus, juntamente com os seus discípulos, havia sido convidado para este casamento. E o texto nos fala que esse foi o lugar onde Ele operou Seu primeiro milagre. Se há um lugar onde Jesus quer operar sinais e maravilhas é no nosso casamento. O vinho era o símbolo da alegria, e o vinho havia acabado; e muitas dessas festas de casamento duravam uma semana. Imagine o constrangimento dos pais ao saberem que o vinho havia acabado. Tanto era um constrangimento que Maria comenta o caso com Jesus. Agora imagine quantos casamentos já há muito tempo perderam a alegria, ou pior, começaram sem alegria.

Um novo lar começa com o casamento, mas um lar sem alegria não é um lugar agradável de se viver. Observe algumas coisas que podemos tirar desse episódio:

1º - Se queremos ter um lar feliz, não digo sem problemas, mas feliz, é necessário convidar o Senhor Jesus para estar nele. A presença de Jesus em nosso lar é a razão de nossa casa ter sempre a Sua alegria. A alegria do Espírito Santo é contagiante quando convidamos Jesus para fazer parte do nosso casamento. 

Muitas pessoas casam-se em uma igreja evangélica, ouvem o sermão do pastor, mas só convidam Jesus para aquele momento, depois O deixam de fora de seus lares. Querem a bênção, mas não querem o abençoador. Querem desfrutar da presença de Jesus só por um momento e não para a vida toda. Quando surgem os problemas recorrem a Ele fora de casa, pois Ele não mora com a família. 

Entenda uma coisa: mesmo quando Jesus está presente em nosso lar os problemas acontecem. Jesus não é uma apólice de seguros contra as dificuldades que a vida oferece. Mas com Ele em nosso lar temos a esperança de que os problemas serão solucionados. Nunca se esqueça disso! 

2º - Precisamos de discernimento para detectar quando a alegria está acabando. Um casamento pode começar com muita alegria, mas no decorrer dos anos ela pode se acabar. Não espere que a alegria acabe para recorrer a Jesus, busque-o antes que isso ocorra. 

Muitas vezes nós não percebemos isso de imediato, mas Deus é maravilho e sempre vem ao nosso encontro usando pessoas que percebem que isso está acontecendo. Obseve que Maria foi uma dessas pessoas usadas por Deus para perceber o constrangimento que aquela família estava passando. Por isso não recuse o conselho de pessoas que querem o bem do seu lar. Não recuse a intercessão das pessoas que amam vocês. Uma coisa que eu aprendi nesses trinta anos de casado é que nós precisamos sempre de ajuda de pessoas de Deus, tanto nos aconselhando, quanto intercedendo por nós.

3º - Ponham em prática as ordens de Jesus. Observe que Jesus mandou os serventes encher de água as talhas. Mas o que havia acabo era o vinho. Meu irmão, minha irmã não discuta com Jesus, obedeça-o. O milagre é por conta dele, e Ele não precisa de nossa orientação para operá-lo. Mas se queremos ver o milagre devemos obedecê-lo. E o milagre ocorre quando observamos a Sua Palavra e a pomos em prática. 

Entenda uma coisa: o milagre que o Senhor opera, aos olhos humanos parece absurdo, mas o resultado é maravilhoso. Basta crer e obedecer. Quando assim fazemos desfrutamos do melhor em nosso casamento. O vinho que o Senhor tem para nós não é natural, assim como a alegria em nosso lar também não é. A alegria natural acaba no decorrer dos anos muitas vezes, mas a alegria do Senhor se renova e é sempre a melhor. O vinho novo é melhor.

A SEGUNDA CASA QUE EU QUERO VER COM VOCÊ É A CASA DE PEDRO (Mc 1.29,30)

Quando a doença se instala em nosso lar.

O contexto de Marcos nos mostra que Jesus estava em Cafarnaum e foi para uma sinagoga no dia de sábado onde um homem possesso de espírito imundo é liberto. Ao saírem da sinagoga, na companhia de Tiago e João, foram para casa de Simão Pedro e André. Chegando lá encontraram a sogra de Pedro enferma e acamada. Pedro era um homem casado e sua sogra morava com ele. Vemos com isso que era um homem zeloso para com os seus familiares.

1º - Zelo para com a família não isenta ninguém de ter problemas em sua casa. Pedro era apóstolo, mas dentro de sua casa a enfermidade havia se instalado. A sua sogra se encontrava enferma. Devemos entender que vivemos em um mundo onde estamos sujeitos a todo tipo de doenças e enfermidades. Alguns pregadores dizem que as pessoas ficam enfermas por falta de fé, que se somos crentes em Jesus nada de ruim pode nos acontecer. Isso é uma grande mentira.

Fique sabendo que o crente fica doente e pode morrer doente. Mas uma coisa é certa: Jesus curou e continua curando hoje. Não limite o poder de Deus como muitos tem feito. Agora, devemos ter maturidade para entender que Ele cura quem quer, quando quer. 

2º - Devemos levar o problema a Jesus“E logo lhe falaram a respeito dela” (Mc 1.30). “E rogaram por ela” (Lc 4.38). Os discípulos imediatamente rogaram a Jesus que intervisse naquele problema que aquela família estava enfrentando. Uma pessoa doente gera em todos da casa comoção e angústia. Veja o que Paulo nos fala em 1Co 12.25,26: 

“Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam”

A palavra grega para “febre” é a mesma palavra para fogo. Mateus diz que ela estava ardendo em febre (Mt 8.14). Lucas, que era médico, usando um termo mais técnico diz que ela estava com febre muito alta (Lc 4.38). Por isso que os discípulos rogam por ela.

3º - As nossas causas impossíveis são possíveis para Jesus (Mc 4.30,31). A sogra de Pedro estava acamada. A palavra “acamada” no grego é katakeimai que pode ser traduzida por “estar prostrada”. 

A sogra de Pedro não tinha forças para reagir nem diante de Jesus. Ela provavelmente queria se levantar, mas não tinha forças para isso.

Quantas vezes as nossas forças se esvaem e não conseguimos reagir a nada. Se não houver uma intervenção de Jesus nós iremos morrer prostrados, pois pela nossa livre e espontânea vontade é impossível reagir e se levantar. Só há uma coisa que precisamos fazer, é deixar o Senhor entrar onde estamos e pedir que Ele repreenda todo o mal e que nos tome pela mão. Pois para Jesus não existe doença incurável. Essa febre, que tudo indica era causada pela malária, levava o enfermo à morte. Mas veja o que Jesus fez: “inclinando-se para ela, repreendeu a febre (Lc 4.39), tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando a servi-los” (Mc 1.31)

O resultado foi que a febre a deixou. Toda infecção foi neutralizada pela ordem de Jesus. A cura foi imediata. Devemos entender que existem enfermidades físicas, emocionais (psicossomáticas) e até espirituais. Mas Jesus pode curar todas elas, pois para Deus não há impossível. 

A TERCEIRA CASA QUE EU QUERO VER COM VOCÊ É A CASA DE JAIRO (Mc 5.21-24, 35-43)

Superando a incredulidade

Jairo era um dos principais da sinagoga de Cafarnaum, ele era um dos administradores. Jesus muitas vezes se encontrou com Jairo nessa sinagoga, pois era uma das sinagogas que Jesus frequentava. Segundo se entende Jairo não cria que Jesus era o Messias, mas diante de uma grande adversidade por ele enfrentada ele o busca desesperado. Assim como na casa de Pedro, a doença havia se instalado em sua casa, a sua única filha que tinha em torno de doze anos estava à beira da morte.

Mas para que Jairo vivenciasse o milagre em sua casa ele teve que superar alguns obstáculos, que muitas vezes tem sido também para muitas pessoas hoje.

1º O primeiro obstáculo foi o orgulho. Jairo era alguém que era procurado para dar conselhos e fazer orações, mas que agora se vê em uma encruzilhada: procurar a ajuda de Jesus ou ficar com o seu orgulho? O que que os visinhos, os amigos, os fariseus e as pessoas que frequentam a sinagoga iriam pensar dele por buscar ajuda de Jesus? Esse é o grande problema irmãos, muitas pessoas deixam de ser abençoadas por Jesus por se preocuparem com o que os outros vão pensar a respeito delas. “O que vão pensar de mim se eu procurar Jesus, se eu for à igreja”. Gente assim nunca será abençoada, pois o orgulho é maior que a fé em Jesus. 

Dizem que orgulho é igual mau hálito, quem tem não sabe que tem. Jairo teve que engolir o seu orgulho para poder ver o milagre em sua casa. 

2º - O segundo obstáculo que Jairo teve que enfrentar foi o da espera. Enquanto Jesus o acompanhava até a sua casa, uma mulher toca em Jesus e é curada por Ele. Nesse ínterim Jesus para dar atenção àquela pobre mulher, e é nesse período que a sua filha morre. O tempo é um terrível obstáculo a ser enfrentado por todos nós. Quando a espera parece interminável, Jesus nunca chega na hora que mais precisamos dEle, pensamos. Isso não foi diferente com Jairo.

Mas saiba de uma coisa, os milagres ao nosso redor são para fortalecer ainda mais a nossa fé no Senhor, pois o nosso milagre também está por chegar. Creia nisso.

3º - O terceiro obstáculo que ele teve de enfrentar foi a própria realidade (Mc 5.35). Pessoas que trazem más notícias e incrédulas sempre teremos ao nosso redor. Gente que irá falar que não precisamos de Jesus, pois a morte já chegou. Gente que sempre fala que é assim mesmo, que não tem jeito. Que devemos nos conformar com a situação da nossa casa, nos conformar com a morte espiritual dos nossos familiares. Gente assim é igual ave de agouro. Espante para longe de você.

4º - O quarto e maior obstáculo é a falta de fé (Mc 5.36). Observe que quando Jesus chega à casa de Jairo todos estavam chorando, mas quando Ele fala que a menina não estava morta, mas estava dormindo todos riram dele (Mc 5.38-40). A incredulidade leva as pessoas rirem da nossa fé. 

Um conselho que lhe dou: “Não ande com gente assim”. Ande com gente crente, gente de fé, gente que crê na intervenção de Deus hoje na vida das pessoas. Faça como Abraão, deixe os servos cuidando do jumento, mas sobe o monte para adorar a Deus (Gn 5.5). Gente incrédula tem mais é que tomar conta de jumento, o crente vai adorar crendo no milagre (Hb 11.17-19). 

Somos muitas vezes chamados de fanáticos e tudo o mais. Por isso que Jesus mandou todos saírem. Só entrou com Ele onde estava a menina, Jairo e a esposa, Pedro, Tiago e João (Mc 5.41).

A fé gera o milagre, mas o milagre não gera fé. Jesus ressuscita a menina e logo manda que lhe dessem de comer. Sabe o que isso quer dizer? Que Jesus opera o milagre, mas cabe a cada um de nós fazê-lo permanecer vivo – melhor que um milagre é não depender dele. E no caso em questão é não depender dele novamente. 

A QUARTA CASA QUE EU QUERO VER COM VOCÊ É A CASA DE MARTA E MARIA (Jo 11.1-15, 20-27, 39-44)

Decepcionados com Deus.

Começamos a mensagem lendo o texto de João capítulo 12 onde Jesus está em um banquete na casa de Lázaro, Marta e Maria, havia ali muita alegria, pois, afinal de contas, Lázaro havia ressuscitado e estava entre os que o amavam. Mas antes desse milagre acontecer, as irmãs de Lázaro passaram por uma grande decepção com o Senhor. Lázaro havia ficado muito enfermo e elas mais do que de pressa mandaram dizer a Jesus que aquele a quem Ele amava estava enfermo. Mas Jesus ficou mais dois dias no lugar onde estava. Quando Ele chega à Betânia Lázaro já estava sepultado há quatro dias. 

Essas duas irmãs quando souberam que Jesus havia chegado os seus corações estavam completamente tomados pela decepção. A decepção delas para com o Mestre estava estampada em suas palavras: “Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido o meu irmão” (v 21). “Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido” (v 32).

Há uma grande decepção na fala dessas mulheres. Afinal de contas elas eram amadas do Senhor, assim como Lázaro (v 5). Mas porque Ele não ouviu o clamor dessas irmãs? Porque que Ele não foi de imediato para socorrê-las? Porque que o Senhor fez isso com elas e faz o mesmo conosco também hoje? 

Devido a isso nós nos decepcionamos com Ele. Apesar de não admitirmos tal sentimento. Mas a grande questão é: Porque nos decepcionamos com Deus? O que há realmente por trás dessa decepção? Creio que existam três razões que podemos detectar nesse texto.

1º - Nos decepcionamos com Deus porque nos tornamos tão íntimos do Senhor que achamos que Ele está a nossa disposição a qualquer hora (v 3). Por trás dessas palavras há uma certa ordem para que o Senhor deixasse tudo o que estivesse fazendo e ir correndo socorrer o seu amigo. Há um certo determinismo oculto por trás dessas palavras, que creio, que elas não sabiam que estivesse. Mas há. 

Observe que elas não dizem que era Lázaro, mas “aquele a quem tu amas”, era como se Jesus tivesse a responsabilidade de curá-lo na hora que elas quisessem. Afinal era aquele a que Ele amava, não era um Lázaro qualquer, aquele que não era o Seu amigo, não, era O LÁZARO QUE ELE AMAVA. 

Eu tenho uma má notícia para você, somos iguaizinhos a elas. Ainda que de forma inconsciente nós também pensamos iguais a elas. Quando a dor, a crise, a enfermidade nos bate à porta logo avisamos ao Senhor achando que Ele deixará tudo para nos socorrer de imediato. Mas nem sempre isso ocorre. Ele vem e nos socorre, mas às vezes demora. E como demora às vezes. 

Queridos, Jesus é Senhor e não servo. Ele é quem sabe o momento de agir e se deve agir. Ele não está a nossa disposição como o gênio da lâmpada de Aladim. Por isso nos decepcionamos com Ele. Mas a culpa é nossa.

2º - Nos decepcionamos com Deus quando achamos que o agir dele está limitado ao tempo e ao espaço (vs 21, 32). Queridos, basta uma palavra do Senhor e tudo pode mudar. Não há necessidade da presença física do Senhor para que o milagre aconteça. Jesus havia curado muitas pessoas apenas com uma ordem sem se quer ir à casa da pessoa (Lc 7.1-10; Jo 4.43-54).

Há muitas pessoas hoje que pensam que a oração do pastor só faz efeito se ele estiver impondo as mãos sobre o enfermo. Há dois erros nesse pensamento: o primeiro é achar que pastor tem algum poder e segundo é achar que existe oração forte. O que existe é um Deus forte para quem nós dirigimos as nossas orações. 

3º - Nos decepcionamos com Deus quando enquadramos o Senhor dentro de nossa teologia (vs 24-27, 39,40). Muitos teólogos dizem que quando morreu o último apóstolo morreu com ele os milagres. São enfáticos em dizer: Deus não cura mais hoje. Os milagres acabaram. 

Eu creio em curas, não em curandeiros. Eu creio em milagres, mas não em marcar hora para que ele aconteça. E é o que mais temos visto por aí, infelizmente. Nisso eu não creio. E eu não creio por ouvir falar, mas por experiência própria. Já vi curas, mas também já vi o Senhor dizer que não estava ouvindo aquela oração e que iria levar a pessoa, e levou. 

Deus é Deus e Ele não mudou. Não o limite a sua teologia, mas também não faça dele um curandeiro, um xamã ou qualquer outra coisa nesse nível. O Senhor continua agindo através da Sua misericórdia e graça ainda hoje. 

Ouça os testemunhos dos muitos missionários que estão no campo e você verá o quanto Deus tem feito através deles na vida de muitas pessoas, e quantos milagres o Senhor tem operado na vida de muitas ali. Deus não mudou. Por isso não o prenda dentro de sua teologia. Quando o último apóstolo morreu o Senhor continuou vivo!

CONCLUSÃO

Jesus esteve em muitas casas e em todas elas Ele agiu com misericórdia e graça. Hoje Ele que estar na sua casa também. Convide-o a fazer morada em seu lar. Se você vai se casar convide-o para a festa, leve-o para o seu lar para que o vinho não acabe e a alegria se renove a cada manhã. 

A enfermidade vem; as decepções também, mas o nosso Deus não mudou. Infelizmente o que muda é a visão que temos do Senhor, por isso que a nossa oração é para que Ele abra o nosso entendimento e nos faça crescer na graça e nos conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo.

Pense nisso!